Tem PIX e promessas por todos os lados! Mas o que ele faz e o que não faz?

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Muito tem se falado sobre PIX, o novo meio de pagamento que o Banco Central do Brasil está implantando. Não há dúvidas dos seus benefícios: permite transferência de dinheiro entre duas contas instantaneamente, 24 horas por dia, mesmo nos fins de semana. Ou seja, oferece vantagens em relação a DOC, TED e boletos. Mas como ele, de fato, funciona? Como vai impactar a operação do transporte coletivo? Esses são alguns dos questionamentos que iremos responder ao longo deste texto. Vamos lá?

Como funciona o PIX?

Por meio da leitura de um QR Code (como acontece com o código de barras nos boletos), digitação da Chave PIX ou inserção manual de dados do destinatário do dinheiro (assim como numa TED ou DOC), o pagador identifica para quem deseja transferir o dinheiro e autoriza a transação.

Qual o custo de uma transferência via PIX?

Quando a transferência ocorrer entre duas pessoas físicas, não custará nada. Mas, para uma empresa operadora de transporte coletivo, por exemplo, cobrar a tarifa via PIX, haverá uma taxa definida livremente por cada banco.

Agora, o mais importante: como o PIX vai impactar a operação do transporte coletivo?

O PIX acrescenta uma nova forma de pagamento embarcado para quem já possui uma conta bancária. Mas aguardar entre 10 e 40 segundos para concluir o pagamento e liberar a catraca pode não ser viável para a maioria dos sistemas de transporte. Fora o custo da transação, que, como dissemos será definida por cada banco.

Por isso, com certeza, o PIX irá impulsionar o pagamento eletrônico. Mas, não é uma solução para vendas diretas ou desbloqueio de acessos.

Vamos imaginar um cenário: o passageiro entrar no ônibus, abre o app do banco, faz o processo do PIX que demora entre 10 a 40 segundos para validar a transação. A fila será enorme e o ônibus lá, parado no ponto! Só para ter uma noção de comparação, nosso validador V6 libera, por App ou cartão, a catraca em 0,35 segundos (350 milissegundos). Mas isso não quer dizer que o uso do PIX não pode ser aplicado ao transporte coletivo. Por exemplo, o AtlasPay, app de bilhetagem da Transdata baseada em conta, lançado em 2019, foi criado para integrar carteiras digitais e pagamentos instantâneos ao transporte coletivo. E o PIX entra exatamente aí: ele atua na compra de créditos dentro da plataforma. Além disso, o PIX também poderá ser usado para operações de recarga de cartões, inclusive de Vale-Transporte. Inovação é unir cultura digital com inteligência operacional.

Nosso entusiasmo com esta novidade nos colocou à frente com soluções pensadas para mobilidade, trazendo o PIX como meio para formar um sistema completo, moderno e conveniente. Nossa experiência mostra que, como em toda novidade, a tecnologia só faz sentido quando é parte de uma estratégia de atuação sustentável.

E então, vamos juntos criar meios para expandir a mobilidade humana?

Andriei Galdini